Baratas Robôs
O que os pesquisadores fizeram foi colocar um chip com receptor e transmissor sem fio, além de um microcontrolador nas antenas e cercos (órgãos sensoriais no abdômen do inseto que o fazem fugir do perigo) em baratas gigantes de Madagascar (Gromphadorhina portentosa).
Usando sinais elétricos, os pesquisadores estimularam os cercos para
enganar as baratas, fazendo-as pensar que elas precisavam fugir de um
predador. Uma vez em movimento, cargas elétricas enviadas para as
antenas dos bichos controlavam a direção deles.
As baratas ciborgues são uma mistura de organismos vivos com robôs.
Ou seja, os insetos estão vivos, mas podem ser orientados remotamente,
como robôs, para realizar determinadas tarefas.
“Construir pequenos robôs que possam se locomover em tais condições
dinâmicas e incertas é extremamente difícil. Decidimos usar baratas no
lugar de robôs porque elas são especialistas em se mover em ambientes
hostis”, disse o pesquisador Alper Bozkurt.
Fora que – você já deve ter ouvido isso -, se uma explosão nuclear
destruísse a humanidade (e todos os outros animais), as baratas seriam
provavelmente as únicas sobreviventes. Ou seja, diga o que quiser delas
(que são nojentas, por exemplo, o que é verdade), mas esses insetos
fazem excelentes atendentes emergenciais de desastre.
Elas seriam úteis em uma variedade de casos, como em um terremoto,
situação na qual poderiam vasculhar um prédio destruído em busca de
sobreviventes. Elas podem transportar equipamentos como pequenos
microfones ou câmeras para pegar gritos de socorro e imagens.
Naturalmente, um operador humano ou até um computador ainda terá que
orientar a barata e estar lá para ouvir o que ela capturar, mas ainda
assim, o trabalho de resgate se tornará bem mais fácil.
Até agora, os cientistas só fizeram experimentos em ambiente de
laboratório controlado em uma superfície plana, mas o próximo passo da
pesquisa é imitar alguns cenários da vida real. Em breve, as baratas
cibernéticas já devem poder ajudar a salvar pessoas.
Tanque News
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